Contra-Baixo

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Contra-baixo para sempre é minha vida......

segunda-feira, 23 de maio de 2011

HISTORIA DO CONTRABAIXO 2

HISTORIA DO CONTRABAIXO

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O contra-baixo elétrico (ou apenas baixo elétrico) é um instrumento de cordas semelhante a uma guitarra elétrica, maior em tamanho e com um som mais grave. Também é muito relacionado e inspirado no Contra-Baixo Clássico. É usado por diversos estilos musicais, indo do Rock n' Roll ao Disco, e nos ritmos brasileiros possui uma importância significativa, como no axé e no forró;

Tabela de conteúdo


1 Características e História
2 Design
3 Estilos
4 Técnicas
4.1 Slap
4.2 Pizzicato
4.3 Tapping - Two hand
4.4 Fretless
5 Baixistas Influentes
6 Fabricantes
Características e História

Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal
elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e
reproduzidos por meio de um autofalante. Vários componentes elétricos
e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o
timbre do instrumento.

O primeiro baixo-elétrico a ser produzido em massa foi desenvolvido
por Leo Fender, o conhecido fabricante de guitarras. A mudança do
formato do instrumento, para algo parecido com uma guitarra e a
utilização de trastes facilitaram seu uso. O primeiro Fender Precision Bass
foi vendido em 1951. Outro modelo lendário, o Fender Jazz Bass foi lançado em 1960.

Em seguida, outras companhias como a Gibson, a Danelectro e várias outras
começaram a produção de seus modelos próprios de baixos elétricos. Isso
permitiu aos baixistas variar os sons e o visual para adequar às suas bandas.
Este trabalho continuou, e muitas outras companhias e luthiers continuaram o
trabalho de Leo Fender.


Design

O baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como
por exemplo:

Número de cordas (e afinação):
Como o modelo original de Leo Fender, que tinha 4 cordas afinadas em EADG,
ou algumas vezes em DADG)
Cinco cordas (geralmente BEADG, podendo em alguns casos ser EADGC)
Seis cordas (geralmente BEADGC, mas EADGBE também tem sido usado)
Mais de 6 cordas
Baixo Tenor - ADGC
Baixo Piccolo - eadg (uma oitava acima da afinação normal)

Captadores:
Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples.
Atualmente pode-se encontrar:
Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal)
Mais de um captador, dando uma variação de tons maior
Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou
do braço do instrumento
Sistemas não magnéticos, como "piezos" ou sistemas "Lightwave", que permitem
ao baixista usar cordas não metálicas
Formato e cor do instrumento:
Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do instrumento a
efeitos visuais muito interessantes
Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar)
Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte)
Trastes:
Com trastes (Fretted) - como a maioria das guitarras
Sem trastes (Fretless) - como a maioria dos Contra-Baixos


Estilos

Como qualquer instrumento, o baixo elétrico pode ser tocado em um diverso
número de estilos. Baixistas como Paul McCartney têm um estilo mais melódico,
enquanto Les Claypool da Primus e Flea do Red Hot Chili Peppers têm um estilo
mais "funky", usando muito da técnica do slap and pop, que é dar um "tapinha"
na corda com o polegar e dar um estalo ao soltar outra corda. Alguns artistas,
como Pino Palladino, usam um baixo fretless (sem trastes) para um som mais
"abafado". Jaco Pastorius foi o responsavel pela popularização do fretless,
nos anos 70.

Larry Graham introduziu o método do "slap and pop" nos anos 60.
Seu som ficou conhecido principalmente em 1970, com a música
"Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin)". Nos anos 70, Stanley Clarke
desenvolveu a técnica de Graham, deixando o método mais parecido ao que é
feito atualmente. Hoje em dia Marcus Miller e Victor Wooten são dois dos
principais baixistas que usam esse estilo de tocar.

A maioria dos baixistas tocam suas notas com os dedos, mas alguns preferem o
uso de palhetas. Isto varia entre os gêneros musicais. Muitos poucos adeptos
do estilo "funky" usam palhetas.

Técnicas

Slap

A técnica surgiu por volta de 1961, quando Larry Graham estava em uma sessão
de gravação em estúdio e, momentaneamente, ficou sem baterista. Ele então
começou a bater e puxar as cordas, na tentativa de imitar o som do bumbo
e da caixa...


Consiste em percutir e puxar as cordas usando o polegar e os outros quatro
dedos da mão direita (ou esquerda, para canhotos).

Pizzicato

O pizzicato é a técnica mais usada, mais parecida com a usada em contra-baixos
clássicos em shows de jazz. Certo dia, em 1911, Bill Johnson, que tocava
contrabaixo (com arco) na Original Creole Jazz Band, teve o arco quebrado.
Não tendo outro à mão, Bill tratou de tocar dedilhando as cordas com os dedos
da mão direita. O resultado agradou tanto que desde então (quase) nunca mais
se usou o arco para tocar esse instrumento. Usa-se(normalmente) os dedos
indicador e médio para atacar as cordas, podendo-se utilizar tambem o
anelar (muito usado em músicas rápidas, como o heavy metal) e o dedo mindinho,
alguns poucos contrabaixistas usam o dedão para cima e para baixo,
como uma palheta, porém é uma técnica usada por poucos.

Tapping - Two hand

Utiliza-se as duas mãos para tocar , fazendo a base e a melodia.
Muito usado por Stu Hamm e Victor Wooten em seus solos.


Fretless

A técnica para fretless é bem diferente do contra-baixo acústico e
muito semelhante ao baixo-guitarra, tocando-se com dois, tres ou quatro
dedos da mão direita. Seu som produz um sustain longo e pronunciado e
tem um timbre parecido com o do acustico. Para estilos musicais mais vintage,
folk, recomenda-se cordas flatwound e para funk e ritmos mais modernos a
partir dos anos 80, cordas roundwound, onde pode se aplicar tambem o slap
em lugar do pizzicatto.

Por se tratar de um instrumento não temperado
(Não tem trastes para definir a altura das notas na escala),
a técnica consiste em treinar o ouvido pra que as notas saiam afinadas,
e aumentar a precisão dos dedos da mão esquerda para que o som saia mais limpo.
Se não houver marcação na régua, basta soar a corda "E" e a "A" e glissar até
que soem iguais. A partir daí se tira as terças as quartas as quintas e as
outras notas da escala.

ASS:Ivan Andrade


Baixistas Influentes

Dee Dee Ramone - Baixista influente do punk, desenvolveu uma técnica
revolucionária para a época, que consiste em tocar rápido em conjunto
com a guitarra e a bateria, e que é muito utilizada até hoje.
Mauro Sérgio Villanacci (baixista do Primos da Invenção - técnica de velocidade
extrema no baixo elétrico
Chico Gomes - Inventor da tecnica do triplo dominio.
Os baixistas a seguir são alguns dos que contribuiram para o desenvolvimento
do baixo elétrico:

Chris Squire - Virtuosidade e ténicas apuradas com ênfase a sonoridades melódicas
e surrealistas no estilo rock progressivo (Yes)
Nico Assumpção - Grande Baixista em todos os sentidos, usava varias técnicas em
seus solos, seu máximo virtuosismo tanto no elétrico como no acústico -
"... sua perfeita articulação, solos rápidos e uma sonoridade cristalina"-
Richard Johnston / Bass Player.
Arthur Maia - Fera da MPB, tocou com grandes nomes como Lulu Santos e Gilberto Gil.
Dadi - da Cor do Som, com sua pegada precisa encantou e mostrou a força da
habilidade brasileira na mistura de ritmos, no Festival de Jazz de Montreaux.
Abraham Laboriel - Grandes solos, criatividade, slaps incríveis.
Celso Pixinga - Brasileiro, domina com facilidade o instrumento,
inspirou uma legião de baixista no seu país.
Jaco Pastorius - Revolucionou a técnica do contra-baixo elétrico. Jazz, Funk,
Fusion, foi pioneiro no uso de harmônicos e baixo fretless.
John Patitucci - Baixista americano, utiliza muito baixo de seis cordas e
double-bass.
Flea (Michael Balzary) - Red Hot Chili Peppers - Suas principais características
que admiradores descrevem são o swing, a pegada e a precisão. Eleito como o
melhor baixista dos anos 90.
Twiggy Ramirez (Jeordie White) - Marilyn Manson
Duca Tambasco - Um dos melhores baixistas de rock do Brasil
Jack Bruce (Vocalista na Cream) - Pioneiro nas linhas melódicas
Stanley Clarke - Foi a semente do "Jazz Fusion", nos anos 70, revolucionou o slap
Moog (Rodrigo) - Usa Fretless, tecnicas de slap, two hands, grande baixista de funk,
acid jazz, etc...
Les Claypool - Muito slap em suas músicas excêntricas.
Mike Rutherford - da banda Genesis, grande habilidade, velocidade e harmonia nas
suas criações.
Greg Lake - Emerson, Lake & Palmer, com seu som pesado, alternando para a
linha melódica e acima de tudo progressiva.
Jesús Gabaldón - Baixo de 5 cordas
John Deacon - Queen - Considerado um dos maiores baixistas do mundo,
usava um baixo mais leve que se adequava perfeitamente à sonoridade do Queen.
John Entwistle - Eleito o Baixista do Milenio, com velocidade e tecnica ate
entao nao vistas no mundo do rock.
John Myung - Músico de técnica apurada, velocidade e criatividade excepcional,
integrante da Banda Dream Theater.
Larry Graham - Criador da técnica do slap
Stu Hamm - Adepto do "two hand tapping", tocou com Joe Satriani
Steve Lawson - Explorou novas tecnologias para solos
Phil Lesh - Influências clássicas no Rock, Improvisação
Patrick Laplan - Ex-Los Hermanos e Rodox, atual free lance Biquini cavadão
Michael Manring - Trabalho invovador com diversas afinações alternadas
Geddy Lee - Virtuosidade e ténicas apuradas no estilo rock progressivo, metal e pop
Paul McCartney - Linhas melódicas
Marcus Miller - Trabalhou com grandes nomes do jazz, como Miles Davis
Pino Palladino - Baixo fretless
James Jamerson (The Funk Brothers) - Velocidade, precisão e complexidade em
suas linhas
Steve Harris - É conhecido pela sua pegada e velocidade, expandiu a famosa
técnica da "cavalgada"
Tom Petersson - Baixo de 12 cordas
Bootsy Collins - Pioneiro no "funky"
Francis "Rocco" Prestia - Grooves fantásicos em semi-colcheias, "ghost notes",
sincopes e um pulso percusivo realmente cativante.
Victor Wooten - Virtuosi e mestre no slap, técnica a qual explora ao máximo e
aperfeiçoou com uma "nova técnica" de slap.
Cliff Burton - Baixista do Metallica, reconhecido pelo feeling, técnica e solos
com extrema distorção com o uso de wah-wah.
Marcos Valente Junior - Baixista brasileiro de MPB e Jazz - desenvolveu o primeiro
Baby Bass brasileiro (baixo acustico sem caixa harmonica)e seu sistema de captação
piezo-elétrico instalado na ponte, em parceria com o Luthier GermanoM.
Veja em http://www.germanom.com/
Gene Simmons - Baixista do Kiss
Ryan Martinie - Baixista dos Mudvayne
Verdine White - Com seu grupo Earth Wind & Fire ele é considerado um dos baixistas
mais criativos de funk do planeta com linhas sensacionais.
Mark Hoppus - ex-baixista do Blink 182 e baixista do Plus 44
Garrafinha - Baixista da banda Potiguar de Punk Rock Bubblegum - FLIPERAMA.

Fabricantes

Alembic
Carvin
Carl Thompson
Condor
Cort
Danelectro
Esp Guitars
Ernie Ball
Fender
Fodera
G&L
Gibson
Golden
Groovin
Hamer (conhecido pelos baixos de 12 cordas)
Höfner
Ibanez
Ken Bebensee
Ken Smith
Musicman
Pedulla
Rickenbacker
Rob Allen
Sadowsky
Tobias
Wal
Warwick (guitar)
Washburn
Yamaha Corporation
Jackson
B.C. Rich
Condor
Tagima
Strinberg
Crafter
Warwick

Nico Assumpção

 

Nico Assumpção

Contrabaixista, arranjador e compositor, Nico Assumpção nasceu em São Paulo, e toca seu instrumento desde os 16 anos. Foi aluno de Amilton Godoy e Luis Chaves (ZIMBO TRIO) no CLAM, escola em que também foi professor por dois anos.

Em 1976, aos 22 anos, mudou-se para Nova York afim de aprofundar seus estudos, e passou a integrar o grupo do pianista Don Salvador e do saxofonista Charlie Rouse o que lhe abriu as portas para tocar com alguns dos mais importantes músicos de Jazz, tais como Fred Hersh, Larry Willis, John Hicks, Steve Slagle e Victor Lewis entre outros.

De volta ao Brasil em 1981, lançou o primeiro disco de contabaixo solo do país (Nico Assumpção - Selo Independente) e a partir de 1982, já morando no Rio de Janeiro, tornou-se um dos músicos mais requisitados tanto ao vivo como em estúdios, tendo participado da gravação de mais de 400 discos e de um sem número de shows.

Entre suas atuações mais significativas no panorama fonográfico brasileiro, podemos destacar os discos de: Milton Nascimento, João Bosco, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Wagner Tiso, Cesar Camargo Mariano, Ricardo Silveira, Gal Costa, Helio Delmiro, Maria Bethania, Marcio Montarroyos, Raphael Rabello, Edu Lobo, Léo Gandelman, Toninho Horta, Victor Biglione e muitos outros.

No cenário internacional, Nico tocou e gravou com alguns dos mais expressivos e reconhecidos artistas, entre eles: Kenny Barron, Billy Cobham, Larry Coryell, Joe Diorio, Eliane Elias, Frank Gambale, Joe Henderson, Ronnie Foster, Lee Konitz, Harvey Mason, Pat Metheny, Airto Moreira, Flora Purim, Ernie Watts, Sadao Watanabe e Phil Woods

Ao longo de sua carreira, obteve sempre significativos elogios a sua atuação e alguns comentários merecem destaque:

"... sua perfeita articulação, solos rápidos e uma sonoridade cristalina"- Richard Johnston / Bass Player.

Ao comentar um de seus shows, a revista VEJA escreve: "O que a maioria morde a lingua para fazer, Nico faz dando risada" (Veja 5/8/92).
Já o Jornal do Brasil diz: "no show de PHIL WOODS quem acabou brilhando foi o brasileiro NICO ASSUMPÇÃO" ( JB 2/2/90).

Nico executa com igual virtuosismo os baixos elétrico e acústico, tendo desenvolvido técnicas que fazem escola. Sempre em sintonia com a vanguarda, introduziu no Brasil os baixos de 5 e 6 cordas e também o baixo fretless (sem trastes).

Com seu estilo inconfundível, Nico Assumpção mudou o conceito tradicional do instrumento, ampliando suas possibilidades e sonoridades, trazendo-o para a linha de frente dos solistas.

História do Contra-baixo

História do Contra-Baixo : 


O contrabaixo tem suas origens remotas na Baixa Idade Média, período compreendido entre o Cisma Greco-Oriental (1054) e a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos (1453). Descendente de uma família chamada "violas", que se dividia em dois grupos, violas de braço e violas de pernas, o contrabaixo é hoje o herdeiro maior e de som mais grave deste segundo grupo.

Por volta de 1200, o nome gige era usado para destinar tanto a Rabeca, instrumento de origem árabe com formato parecido com o alaúde como a guitar-fiddle (uma espécie de violão com o formato semelhante a um violino). No Sacro Império Romano Germânico, quase todos os instrumentos eram chamados pelo nome de gige, havendo a gige pequena e a grande. A música executada neste período era bastante simples, as composições situavam-se dentro de um registro bastante limitado e no que tange à harmonia, as partes restringiam-se a duas ou três vezes. Era muito comum instrumentos e vozes dobrarem as partes em uníssono. 

Com o passar dos anos, o número de partes foi expandido para quatro. 
Aproximadamente na metade do séc. XV, começou-se a usar o registro do baixo, que até então era desconsiderado. Com esta nova tendência para os graves, os músicos precisavam de instrumentos especiais capazes de reproduzir ou fazer soar as partes graves. A solução encontrada pelos construtores de instrumentos, os luthiers, foi simplesmente reconstruir os instrumentos existentes, mas em escala maior. Ocorre, então, uma evolução técnica e artística de um instrumento em conjunto com a história da música. Assim, a evolução no número de partes da harmonia trouxe a necessidade de se criar outros instrumentos que desempenhassem satisfatoriamente aquela nova função. 

De qualquer modo, seu ancestral mais próximo foi o chamado violine, que no início do séc. XVII tornou-se o nome comumente designado à viola contrabaixo, mas apenas na metade do séc. XVII o nome do contrabaixo separou-se do violine. E começou a ter vida própria. Entretanto, até a metade do séc. XVIII o instrumento não era utilizado em larga escala, tanto que em 1730 a orquestra de J. S. Bach não contava com nenhum contrabaixo. Ainda faltava um longo caminho para a popularização. 

Com o desenvolvimento da música popular no final do séc. XIX, principalmente no que diz respeito ao jazz, inicia-se assim a introdução do contrabaixo com uma inovação: ele não era tocado com arco... apenas com os dedos a fim de que tivesse uma marcação mais acentuada. 

O jazz se populariza e durante toda a primeira metade do séc. XX, o baixo só pode ser imaginado como uma imenso instrumento oco de madeira usado para bases de intermináveis solos de sax, se bem que era usado também no princípio do blues e do mambo (estou falando de antes da 2º Guerra Mundial).

Assim foi até que em 1951, um norte-americano chamado Leo Fender cria um baixo tão elétrico quanto a guitarra elétrica que também criou. O primeiro modelo foi denominado Fender Precision, e o nome não era casualidade: frente aos tradicionais contrabaixos, com o braço totalmente liso, o novo instrumento incorporava trastes, assim como suas guitarras. 

Parece uma bobagem, mas o detalhe dos trastes faz com que a afinação do baixo seja muito mais precisa, eis aí a origem do nome. Mas a revolução fundamental que representa o baixo elétrico frente ao contrabaixo é a amplificação do som. Se a solução antigamente havia sido aumentar a caixa de ressonância, transformando o violino em um instrumento imenso e com cordas muito mais grossas, desta vez a solução foi inserir uma pastilha eletromagnética no corpo do instrumento para que o som fosse captado. Além do mais, a redução do tamanho do instrumento permitiu aos baixistas transporta-lo com mais comodidade, e poder viajar no mesmo ônibus dos outros músicos portando seu próprio instrumento. 

Mas nem tudo seria apenas vantagem, sobretudo para aqueles que tocavam baixo, mas não eram realmente "baixistas". Até então, o contrabaixo era o instrumento que todos acreditavam serem capazes de tocar, principalmente porque não se ouvia, de modo que muitos mais representavam em palco do que realmente tocar o baixo. A amplificação trouxe à tona quais eram os verdadeiros baixistas. 

Deve-se dizer que antes de 1951, na década de 1930, houve arriscadas e valentes tentativas de se fazer o mesmo, principalmente por parte de Rickenbacker. Mas se mencionei o Precision de 1951 como o primeiro baixo elétrico é porque é o primeiro que se pode considerar como tal, já que o anterior entraria na categoria de protótipos. Como é lógico, depois vieram outros modelos (como o Jazz Bass, também de Fender), as imitações, etc. Mas o significativo é que você pode comprar hoje em dia um Precision com quase as mesmas características que aquele, pois a maioria dos baixos atuais se baseiam em seu desenho. 

Os músicos de jazz e blues, a princípio, acharam a idéia interessante mas mantiveram-se em seu tradicionalismo. Somente muitos anos depois o baixo elétrico seria tão popular no jazz e no blues quanto o acústico. No caso do blues, ele surgiu assim que Muddy Waters introduziu a guitarra neste ritmo, ainda que seu baixista, o mitológico Willie Dixon usasse um acústico. No caso do jazz, o baixo elétrico só veio à tona com Miles Davis. 

Nos anos 60, o papel do baixista segue sendo, basicamente, o mesmo que nos anos 50: um suporte harmônico de fundo. A partir de 1967, o baixo elétrico começa a aparecer, fundamentalmente no rock'n roll. O melhor exemplo talvez seja o disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Aqui já podemos começar a falar de linhas de baixo de temas pop, tal como os conhecemos atualmente. É prova disto o Festival de Woodstock em 1969.

Os anos 70 apresentam a maturidade do baixo. Os produtores começam a prestar mais atenção no potencial do instrumento e o contrabaixo assume uma importância maior, como no surgimento da disco music. É fundamental também o surgimento do rock progressivo, o jazz fusion, o latin rock, o heavy metal, o punk, o reggae, o funk e a soul music. O baixo acústico se limita apenas aos setores mais tradicionais, como jazz, blues e ritmos tipicamente latinos, assim mesmo já rivalizando com o elétrico. E é claro, a popularização do fretless, o baixo elétrico sem trastes. 

O desenvolvimento da década de 80 apresenta a maturidade de alguns estilos musicais e o desaparecimento de outros. Percebe-se neste período que o baixo já não é imprescindível, e que pode facilmente ser trocado por um sintetizador. A massificação da dance music (pária da disco music) deixa de lado o contrabaixo, ainda que sua linha ainda esteja presente, mesmo que sintetizada. Mas isto não acontecia apenas com o baixo, mas também com a guitarra e a bateria, já que o sintetizador era o instrumento fetiche do início da década. 

Para felicidade nossa, esta tendência de trocar todos os instrumentos por um só foi passageira. E os grupos voltaram, sejam eles de rock ou jazz, tanto o baixo elétrico quanto o acústico estavam novamente no palco. Nem todos estavam concordando com a massificação dos sintetizadores, principalmente produtores mais atentos e a revista Bass Player. O jazz começava a abrir um campo especificamente voltado para o contrabaixo elétrico, e assim o instrumento se desenvolveu com uma rapidez imensa tornando-se hoje um dos mais importantes instrumentos musicais da música moderna.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Estúdio do Uendel


História

Fundado em 2004 o Estúdio Uendel é referência em seu seguimento na região. Seu diferencial é o ótimo atendimento e qualificação nos serviços prestados.
É parceiro nos trabalhos realizados ouvindo, respeitando, executando e gravando com muita sensibilidade e presteza as idéias ou composições apresentadas. Com sede própria de privilegiada localização. Fica fácil gravar ou ensaiar no Estúdio Uendel!


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bass tuner